Páginas

quinta-feira, 30 de junho de 2011

se eu pudesse, eu te diria


eu não devo ser tão filha da puta assim. Deus, destino, força maior do universo ou sei lá quem pelo menos reconhece isso. ah, se reconhecem! notícias suas com suas palavras eu não tenho tido, mas ainda bem que existe esse lixo midiático todo que, de certa forma, nos aproxima. me deixa bem perto. bem mais do que antes. mais do que aquela última vez. eu rio, se te interessa saber, de cada podridão sua, nova cor de cabelo, tipo de namorado ou trabalho fracassado. rio mesmo. gozo com tudo que há de pior e estampado. não é desespero. de forma alguma rancor. é a vida! é? recebi uma promoção hoje,quero que você saiba. jantei uma boa refeição também e a dor nas costas tem sido menos latente, afinal. quase nada. as coisas têm ido bem. faço piadas e outros riem. eu choro [um choro contido, pra dentro, inflamado]. mas tenho me virado. sou um ser sociável, acredite. faltou tempo para me mostra assim. ou caráter. ou paciência. ou nada disso: você me enxergou. me viu nu. provou do meu sexo. questionou aquilo ou aquilo outro. tentou mudar. não era desespero, eu sei. era amor, você me disse. era tudo e no passo seguinte vácuo. quem você é? vazio. minhas costas não dói mais. pelo menos não é tão latente aquela [essa] dor. não é desespero. sou um ser sociável. consigo fazer piadas e as pessoas riem. seus tropeços, sua falta de tato, suas desconexões, o pouco sucesso me fazem rir. e eu choro por dentro. talvez eu não seja tão filha da puta assim.

domingo, 26 de junho de 2011

caminhos

Guto Muniz, pra variar, caprichou no registro da nossa participação no 12º Festival de Cenas Cenas Curtas, do Galpão Cine Horto. A cena, "Conversa séria de calcinha e soutien" é o resultado de um processo experimental com máscaras da Comédia Dell'art que revirou nossas vidas nos últimos meses.