Páginas

quarta-feira, 29 de maio de 2013

danação

que boniteza
ai ai
te ver em sorriso
ai ai
quantos suspiros
ai ai
quantos tum tuns
ai ai
e quantos 'e se'
ai ai
e quantos não são?
ai ai
os que lhe diriam
ai ai
'que belo sorriso'
ai ai
pro meu dessossego
ai ai.
que coisa danada
(ai!)
cruel danação.






segunda-feira, 27 de maio de 2013

pílula

Só acho que deveria ser crime plantar pista falsa num fértil coração neurótico.

sábado, 4 de maio de 2013

nada não

e escorre-escorre o tempo
passa-a-vida que nem água
água que rola num rio violento
onde de braçada a gente nada
(e a gente, nada!)
nada?
nada de lado, 
nada de peito, 
nada de costas.
um nada sorrindo
mergulho chorando
respira menino!
não vai para lá
desconfia que ali
um ali bem mais pro meio
(um no meio deste rio)
pode ser bem mais profundo
(a gente pode não dar pé)
por tanto,
se nada por aqui
(nada por aqui!)
que assim é mais tranquilo
por ventura, mais seguro
é um sempre bem mais raso
pra que se arriscar?
(e por isso a gente-nada!)
(de braçada, de braçada.)